Mais um post da nossa série de inverno que está ficando linda e do jeito que a gente ama: muitas dicas fora do basicão para armar um roteiro redondo e rico em experiências.
O tema de hoje é museu e trago 3 opções incríveis para visitar em Montevidéu.
O tema de hoje é museu e trago 3 opções incríveis para visitar em Montevidéu.
É um passeio maravilhoso qualquer que seja a estação, mas no inverno quando as atividades ao ar livre podem ficar comprometidas por conta do tempo, é fundamental incluir essas paradas no roteiro.
Vale sair com uma seleção de lugares interessantes e quentinhos para se proteger do frio ou da chuva, e de quebra aprender, se emocionar, ampliar as ideias.
Porque se a viagem não servir para refletir ou questionar pelo menos um aspecto das nossas vidas, aquela foto bonita no ponto turístico com mil likes no Instagram não vai fazer o menor sentido.
Porque se a viagem não servir para refletir ou questionar pelo menos um aspecto das nossas vidas, aquela foto bonita no ponto turístico com mil likes no Instagram não vai fazer o menor sentido.
Viajar nos dá essa chave mágica para abrir outro mundo, outras possibilidades, outras formas de viver.
E os museus são poderosos nesse processo, juro que não se trata apenas de ficar fazendo cara de entendido olhando um quadro na parede hehe, dê uma chance e escolha um lugar para visitar, em Montevidéu quando a entrada não é gratuita, o preço é sempre razoável.
Agora voltando à lista, prometi que a série teria textos curtos, né? Temos vários posts sobre museus aqui no blog, na capital os meus preferidos são o Museu Blanes e o Museu dos Andes, mas hoje quis trazer 3 lugares curiosos, diferentes para convencer até quem diz não gostar de museu. Desafio hehe.
E os museus são poderosos nesse processo, juro que não se trata apenas de ficar fazendo cara de entendido olhando um quadro na parede hehe, dê uma chance e escolha um lugar para visitar, em Montevidéu quando a entrada não é gratuita, o preço é sempre razoável.
Agora voltando à lista, prometi que a série teria textos curtos, né? Temos vários posts sobre museus aqui no blog, na capital os meus preferidos são o Museu Blanes e o Museu dos Andes, mas hoje quis trazer 3 lugares curiosos, diferentes para convencer até quem diz não gostar de museu. Desafio hehe.
Vamos ver?
1- EAC
Não poderia começar falando de outro lugar. O Espacio de Arte Contemporáneo é uma das melhores opções culturais que surgiu nos últimos tempos em Montevidéu, prova viva que a arte transforma.
Funciona na antiga penitenciária de Miguelete, a estética do espaço - que ainda mantém pavilhões não restaurados - por si só já comove.
Arte como pano de fundo de um cenário duro. Vidas, histórias, privações, liberdade, punição, ação, criatividade, esperança. Palavras e sentimentos que se entrelaçam no decorrer da visita.
A curadoria do EAC faz um trabalho primoroso, são vários projetos que envolvem a comunidade e transformam o espaço num lugar efetivamente de encontro e discussão, são mostras rotativas, oficinas, palestras, seminários, exposições que acontecem nas diminutas celas e também no pátio externo, tem uma programação sempre intensa e completa.
Compensa qualquer desvio de rota para encaixar a visita, não está afastado do Centro, mas não está naquele miolinho turístico da Ciudad Vieja que dá para fazer tudo andando e tal.
Funciona de quarta a sábado das 14h às 20h e aos domingos das 11h às 17h. A entrada é gratuita. Programão! <3
Endereço: Arenal Grande 1930.
Funciona na antiga penitenciária de Miguelete, a estética do espaço - que ainda mantém pavilhões não restaurados - por si só já comove.
Arte como pano de fundo de um cenário duro. Vidas, histórias, privações, liberdade, punição, ação, criatividade, esperança. Palavras e sentimentos que se entrelaçam no decorrer da visita.
A curadoria do EAC faz um trabalho primoroso, são vários projetos que envolvem a comunidade e transformam o espaço num lugar efetivamente de encontro e discussão, são mostras rotativas, oficinas, palestras, seminários, exposições que acontecem nas diminutas celas e também no pátio externo, tem uma programação sempre intensa e completa.
Compensa qualquer desvio de rota para encaixar a visita, não está afastado do Centro, mas não está naquele miolinho turístico da Ciudad Vieja que dá para fazer tudo andando e tal.
Funciona de quarta a sábado das 14h às 20h e aos domingos das 11h às 17h. A entrada é gratuita. Programão! <3
Endereço: Arenal Grande 1930.
2- Museo Torres García
O prédio que abriga o museu está logo ali no comecinho da Ciudad Vieja, perto do portal da Cidadela.
O acervo é rico e mostra as diferentes obras e facetas do Torres García, um gênio uruguaio aclamado no mundo inteiro.
Vanguardista, Torres García saiu do Uruguai ainda jovem, viveu anos na Europa, experimentou períodos de efervescência artística em cidades como Paris e Barcelona, passou outro período pulsante em Nova York e retornou tempos depois a Montevidéu, onde fundou a Escola del Sur, um lugar que funcionava como ponto de encontro de artistas e ideias, contrariando as academias clássicas da época, propagava uma arte mais autêntica, sem obediência cega à estética e pensamento europeu.
Ele criou também o Universalismo Constructivo, escreveu um livro com mais de mil páginas esmiuçando os fundamentos do movimento, uma união do homem com o cosmo, uma linguagem universal, geométrica e abstrata.
A frase célebre do artista e que sustenta boa parte do seu legado é Nuestro Norte es el Sur, poético e inspirador.
O quadro America Invertida (que está no Museo Blanes) mostra o extremo da Patagônia sinalizando o norte. Desconstrução, talento e ousadia, amigos.
Seus quadros viajam e figuram em exposições mundo afora, não faz muito tempo o MoMa em Nova York - um dos museus mais importantes do circuito das artes - recebeu obras do uruguaio numa mostra que ocupou um andar inteiro.
Coincidência do destino, ou não, estavamos lá para ver e deu uma pontinha de orgulho saber que numa cidade como Montevidéu há um espaço com este acervo incrível de maneira permanente e tão acessível ao público.
A entrada no Museu Torres Garcia custa 150 pesos uruguaios, menos de 20 reais. Residentes pagam 80 pesos e na quarta-feira podem entrar gratuitamente (tem que apresentar o documento uruguaio). Funciona de segunda a sábado das 10h às 18h.
Endereço: Peatonal Sarandí 683
3- Museo del Tango
Pouca gente tem presente, mas o tango é tão uruguaio quanto argentino.
A treta é infinita com os hermanos do outro lado do rio, embora seja fato consumado que o ritmo teve mesmo origem na área portuária de ambos países. Se você ficou curioso, escrevi mais sobre a história do tango nesse post.
Para sentir o nível da polêmica, discute-se fervorosamente até a nacionalidade da figura mais expoente do tango: o Carlos Gardel.
Há quem jure que o danado era argentino e há quem garanta que o galã era na verdade uruguaio, com certidão de nascimento lavrada lá em Tacuarembó!
O museu do tango em Montevidéu é chiquito e acolhedor, a visita é curtinha e divertida, fica na esquina do imponente Palácio Salvo e homenageia o local onde foi tocado pela primeira vez o maior hino do gênero: La Cumparsita, o tango mais famoso do mundo que foi composto em 1917 por Gerardo Matos Rodríguez, um jovem uruguaio.
Funciona de segunda a sábado das 10h às 16h e custa 150 pesos.
Endereço: Plaza Independencia 848
***
Três propostas de arte e passeio para ser bem feliz nesse inverno - e no ano inteiro - em Montevidéu.
Mas há quem diga que não tem lá muita coisa para fazer! Não acredite nesse conto hehe! Tem, sim! E muita! E de qualidade! Arruma a mala e vem! <3
Até o próximo post! :)
Nosso blog é um projeto independente, todo o conteúdo é preparado com muito carinho e honestidade. As experiências aqui compartilhadas são bancadas majoritariamente do nosso bolso.
Iniciamos agora em 2018 o programa de afiliados do Booking.com, isso quer dizer que reservando a hospedagem no site deles através desse link - para qualquer hotel no mundo - você ajuda o blog a ganhar uma comissão sem pagar nada a mais na sua diária. Se você gosta do nosso trabalho, dá uma forcinha! Do lado de cá, prometemos continuar trazendo as melhores e mais originais dicas do paisito para tornar sua viagem mais incrível! Gracias!
O prédio que abriga o museu está logo ali no comecinho da Ciudad Vieja, perto do portal da Cidadela.
O acervo é rico e mostra as diferentes obras e facetas do Torres García, um gênio uruguaio aclamado no mundo inteiro.
Vanguardista, Torres García saiu do Uruguai ainda jovem, viveu anos na Europa, experimentou períodos de efervescência artística em cidades como Paris e Barcelona, passou outro período pulsante em Nova York e retornou tempos depois a Montevidéu, onde fundou a Escola del Sur, um lugar que funcionava como ponto de encontro de artistas e ideias, contrariando as academias clássicas da época, propagava uma arte mais autêntica, sem obediência cega à estética e pensamento europeu.
Ele criou também o Universalismo Constructivo, escreveu um livro com mais de mil páginas esmiuçando os fundamentos do movimento, uma união do homem com o cosmo, uma linguagem universal, geométrica e abstrata.
A frase célebre do artista e que sustenta boa parte do seu legado é Nuestro Norte es el Sur, poético e inspirador.
O quadro America Invertida (que está no Museo Blanes) mostra o extremo da Patagônia sinalizando o norte. Desconstrução, talento e ousadia, amigos.
Seus quadros viajam e figuram em exposições mundo afora, não faz muito tempo o MoMa em Nova York - um dos museus mais importantes do circuito das artes - recebeu obras do uruguaio numa mostra que ocupou um andar inteiro.
Coincidência do destino, ou não, estavamos lá para ver e deu uma pontinha de orgulho saber que numa cidade como Montevidéu há um espaço com este acervo incrível de maneira permanente e tão acessível ao público.
A entrada no Museu Torres Garcia custa 150 pesos uruguaios, menos de 20 reais. Residentes pagam 80 pesos e na quarta-feira podem entrar gratuitamente (tem que apresentar o documento uruguaio). Funciona de segunda a sábado das 10h às 18h.
Endereço: Peatonal Sarandí 683
3- Museo del Tango
Pouca gente tem presente, mas o tango é tão uruguaio quanto argentino.
A treta é infinita com os hermanos do outro lado do rio, embora seja fato consumado que o ritmo teve mesmo origem na área portuária de ambos países. Se você ficou curioso, escrevi mais sobre a história do tango nesse post.
Para sentir o nível da polêmica, discute-se fervorosamente até a nacionalidade da figura mais expoente do tango: o Carlos Gardel.
Há quem jure que o danado era argentino e há quem garanta que o galã era na verdade uruguaio, com certidão de nascimento lavrada lá em Tacuarembó!
O museu do tango em Montevidéu é chiquito e acolhedor, a visita é curtinha e divertida, fica na esquina do imponente Palácio Salvo e homenageia o local onde foi tocado pela primeira vez o maior hino do gênero: La Cumparsita, o tango mais famoso do mundo que foi composto em 1917 por Gerardo Matos Rodríguez, um jovem uruguaio.
Funciona de segunda a sábado das 10h às 16h e custa 150 pesos.
Endereço: Plaza Independencia 848
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Três propostas de arte e passeio para ser bem feliz nesse inverno - e no ano inteiro - em Montevidéu.
Mas há quem diga que não tem lá muita coisa para fazer! Não acredite nesse conto hehe! Tem, sim! E muita! E de qualidade! Arruma a mala e vem! <3
Até o próximo post! :)
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Que delícia de texto! Obrigada pelas dicas! Iremos eu e meu marido na segunda quinzena de julho desse ano e o teu blog deu um UP na nossa viagem!
ResponderExcluirAh, não sei porque não saiu, mas me chamo Naiane :)
ExcluirOi Naiane! Muito obrigada! Fico feliz que gostaram! <3
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